domingo, 3 de maio de 2015

DIA 02 - VINHEDO, LOUVEIRA E ITATIBA - 50 KM

Hoje acordamos às 07h00 e seguimos para o café da manhã, num supermercado, a dois quarteirões do hostel. Compramos alguns pães, queijos, suco e um café com leite numa lanchonete do próprio supermercado. Também aproveitamos para comprar algumas coisas para comer logo mais, no 'almoço'. 



Na volta, observei melhor a placa da rua lateral, do hostel, e amei! Aliás, para mim, acho a palavra 'SAUDADE' a mais linda de nosso idioma! Além de seu grandioso significado o fato de ser exclusiva é o máximo... gosto de exclusividade!


Nos despedimos do querido Hamilton, dono do hostel, e seguimos viagem! Até breve meu querido. 


Voltamos para a antiga Estação Ferroviária e seguimos em direção às Represas. O lugar é um verdadeiro paraíso. Perfeito para uma caminhada, piquenique, pedalada... aliás, muitas pessoas faziam isso nesta linda manhã de sábado. 


Imediatamente começamos a subir! Logo, tínhamos uma visão panorâmica da cidade.


Foram alguns quilômetros em asfalto e logo adentramos uma estradinha em terra.



Neste trecho, a estrada ainda está muito bem sinalizada, por meio das setas amarelas.


Muitas pessoas passaram por nós, de bike. Passavam muito rápido, provavelmente treinando, nas longas subidas! Filipe, que tem um espírito competitivo aguçado, olhava para mim ansioso. Eu sorria e dizia: 'Não se esqueça que estamos viajando... temos mais dois dias inteiros pela frente'. Ele apenas sorria de volta, com um 'ar' de: 'Ok, já entendi!'.


Quanto mais subíamos, mais paisagens se formavam. De acordo com nosso amigo Fernando, de Vinhedo, este lugar é conhecido como Mapa do Brasil. Deve ser devido ao formato da lagoa.



Passamos também por uma entrada muito imponente, de uma fazenda. 


E subimos...


Conforme nos aproximávamos de Louveira, nossa altimetria permitia visualizar a cidade logo abaixo. 


Após uma longa descida, adentramos uma área urbana e mais povoada. 


Passamos pelo estádio da cidade...



Vimos mais uma construção ferroviária abandonada, triste realidade...


E seguíamos em silêncio, aproveitando o ar gélido da manhã para refrescar os pensamentos. De repente, Filipe me chama a atenção para uma árvore. Haviam vários Saguis brincando. Passamos um tempo apreciando estes bichinhos lindos! Parecia que estavam fazendo festa para nós dois. 





Em seguida voltamos a pedalar. Fomos novamente atacados por mais um cãozinho super bravo e 'perigoso' mas, ao pararmos, virou até nosso amigo!


Passamos também pelo Museu do Imigrante que, infelizmente, estava fechado.


Na sequência, Filipe me disse: 'Ainda não vimos 'grandes' plantações de frutas... achei que teriam mais!' Digo a ele que hoje verá, ao menos era isso que prometia a planilha descritiva. Ele ama Caqui que, em Portugal, é conhecido como 'Diospyros'. De forma inexplicável, após a próxima curva, vejo uma imensa plantação de caquis e dou um grito: 'Veja!!! Ai está as frutas do circuito que tanto queria ver!' 



Ele abre aquele 'sorrisão' e corre para o meio das árvores. A dona do local, que passava por ali no momento, sorriu para nós. Digo para ela que ele está vendo caqui no pé pela primeira vez (pegadinha do malandro). Ela diz que podemos pegar os que estiverem maduros e que podemos comer quantos quisermos! Mais que depressa, ele começar procurar e comer. 






Após ele se 'acabar' nos caquis, seguimos em frente. A próxima referência era a Adega do Aldo. Infelizmente, ao chegar, estava fechado. Eram 10h30 e abriria apenas às 11h. Como não podemos ficar parados, seguimos em frente. 



Voltamos para uma estradinha em terra, bem ao lado da Adega, no Bairro da Abadia. Ali, passamos por uma linda plantação de uva. 





A estrada é incrivelmente linda! Após a plantação, ficou fechada de mata, por todos os lados. Aquele cheiro de terra molhada, ao som da água de um riacho com água cristalina e muitos passarinhos... uma visão simplesmente encantadora! Chegamos a uma pequena bica e nos esbaldamos em água fresquinha. 




Após alguns quilômetros, chegamos na Adega de Tereza e Walter. Ali, compramos umas bananinhas cristalizadas e um imã de geladeira, que usarei no quadro que montarei para nossa recordação, após a viagem. 



Aqui, de acordo com o mapa, passaríamos por dentro da propriedade da Adega para sair na estrada em direção a Pousada Tirolês. Mas, conversando com Tereza, nos foi sugerido seguirmos em frente, sair na rodovia e, na sequência, pegar uma estrada de terra que chegaria no mesmo lugar. Com isso, andaríamos um pouco menos sem a necessidade de pular cercas e atravessar porteiras. Seguimos suas instruções e, após a entrada do sítio Registro, vimos a referida estrada logo abaixo. 



Andamos poucos quilômetros pela rodovia e, logo na primeira bifurcação, entramos a direita para voltarmos a estradinha de terra. 




Seguimos em direção ao próximo ponto de referência. De acordo com a descrição, chegaríamos no marco de divisa de município, Louveira / Itatiba, e de lá teríamos uma 'visão muito bonita'. Abaixamos a cabeça e pedalamos, sempre subindo muito! A fome começou a apertar e nos últimos quilômetros da subida minhas forças acabaram. Tive que terminar empurrando a bike. 


Foto no meio da subida (acima - o que eu já tinha pedalado, abaixo - o que ainda faltava pedalar)


Mas o visual realmente valeu a pena! 


Ao lado do marco, paramos para nos reabastecer. 



E depois, seguimos viagem contemplando o maravilhoso visual da montanha... É sempre bom pedalar no topo!





Após uma longa descida, saímos novamente no asfalto. Atravessamos a rodovia e seguimos por outra estradinha vicinal. 




Passamos até por uma granja, em minha homenagem!


Seguimos em asfalto até Itatiba, o que facilitou bastante nas subidas. Não havia muito trânsito, por isso, seguimos ouvindo o barulho de nossos pneus sobre o alcatrão. 



Passamos por vários Haras, alguns muito bonitos e bem movimentados!



Gostei da placa, sinalizando aos motoristas que devem andar com cautela e zelar por nossas preciosas vida!


Após alguns quilômetros, vejo uma observação em meu mapa sobre a Fazenda 'Vista Linda'. Comento com Filipe e pergunto o que ele imagina disso, ao que me responde: 'Mais subida!' (risos...) 


Subiu menos do que imaginávamos... mas a vista era realmente de tirar o fôlego. 






Á partir daqui, passamos por muitas plantações de caquis. Era incrivelmente lindo os morros com uns pontilhados alaranjados em sua extensão. 




Pedalamos sem dar uma trégua, até avistarmos a cidade de Itatiba. Quando enfim a vimos, logo abaixo, paramos em um ponto de ônibus para descansar um pouco. 



Fiquei feliz pelo elogiou do maridão, quanto a minha performance! Ainda era razoavelmente cedo, 15h30, e tínhamos pedalado quase 50 km. Ganhei até um bolinho de fubá de presente. 


Descemos até a cidade e enfrentamos a última subida do dia (afinal estamos em Itatiba né). Chegamos a Pousada Girasol, localizada na parte central, a um quarteirão da matriz. 


A pousada tem um ar de casa de vó, muito limpa e organizada. Fomos recebidos por Valquíria, uma menina muito educada, que nos deu todas as informações que precisávamos. A pousada havia sido reservada com antecedência, num valor justo (R$ 70,00 para nós dois), com café da manhã! 


Após o banho, seguimos para o centro da cidade. Eram 16h00 e meu digníssimo estava morrendo de fome. Disse a ele que devíamos esperar até umas 18h00 para jantar. Ele não gostou muito da ideia mas concordou. Passeamos, fizemos fotos e aproveitamos também para fazer a compra do 'almoço by pedal' de amanhã. 



Valquíria nos deu uma ótima ideia. Bem próximo a pousada, havia um restaurante que servia marmitex. Ela disse que era muito boa e barata. Por isso, seguimos até lá e compramos duas. Hoje nosso jantar saiu por apenas R$ 30,00 e, sinceramente, estava uma delícia! Sobrou apenas o alumínio para 'contar história'. 



Após o jantar, seguimos para o quarto e nos deitamos. Filipe dormiu antes das 20h00. Quanto a mim, estava um pouco preocupada com o roteiro de amanhã. Sentei em meio às minhas planilhas, GPS, internet e pensamentos, tentando achar alternativas para não entrar em nenhuma das duas propriedades privadas que estavam em nossa rota, pois não gosto disso. Sem encontrar nenhuma alternativa, que não fosse percorrer muitos quilômetros de uma rodovia perigosa (devido a muito trânsito e roubos), decidi dormir. Sabia que amanhã encontraríamos uma forma segura de seguir em frente... 

Ao deitar, refleti em tudo o que havíamos vivido neste dia e senti uma imensa gratidão! Nada melhor do que expressar isso ao nosso Grandioso Pai querido, que nos concede estas maravilhosas experiências na vida... 

Obrigada Jeová!

Obrigada Vida!

Pousada Girasol (recomendada)
Rua Dr. Aguiar Pupo, 218, Centro - Itatiba
11 4524-8493
gerente@pousadagirasolitatiba.com.br
http://pousadagirasolitatiba.com.br/

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